“(…) Depois de indecisões e tentativas por outros caminhos, as caixas foram finalmente incorporadas na coreografia, compondo uma cenografia cambiante que era alterada pelos próprios bailarinos. Destruídas e jogadas para os lados, elas funcionaram como objetos móveis que mudavam a paisagem do teatro ao longo da peça. Também servindo como outros definidores de micro-espaços para o movimento dos bailarinos, o cenário começava quase como que uma cidade feita de cubos dispostos em uma matriz ortogonal. Pouco a pouco, eles eram demolidos por mergulhos rasantes e depois retirados até que o palco ficasse completamente vazio.”
In Carlos M Teixeira, Entre, Instituto Cidades Criativas/ICC; 2009; 380p.

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